O Senhor dos Anéis
"Se
você
for fazer uma crítica para "O Senhor dos Anéis"
tão
ou igual a que fez para "Harry Potter" posso lhe garantir que você
não
viverá mais sossegado na sua "doce e bela vida". Caso você
não
saiba esse ano além de ter o filme do Harry, terá também
o filme do "Senhor dos Anéis",
não
é bem legal?"
"MAGO CLOW" magoclow@bol.com.br
Thu, 3 May 2001 14:47:46 -0300
Review do "artigo" Harry Potter - o oleiro maldito
O texto acima faz parte de um longo, maçante e importuno e-mail que recebi por conta da série de artigos sobre Harry Potter, que escrevi e que foram publicados neste e em outros espaços. Ri bastante com a pretensão e com o tom desafiador do "Mago Clow", mas como sou um pouco teimoso e inconformado, já havia decidido escrever sobre J. R. R. Tolkien e O Senhor dos Anéis. Primeiro que, como um crente, meu compromisso é com a Verdade e depois como jornalista, não posso recuar diante da mentira e do engano. Eis aí as minhas razões e o meu artigo.
Quem foi J.
R. R. Tolkien? John Ronald Reuel Tolkien, nasceu em 1892 na África do Sul
para onde seu pai, cidadão inglês, havia sido transferido a trabalho.
Morreu em dois de setembro de 1973 na Inglaterra. Tolkien foi um prolífico
e criativo escritor e levou anos para idealizar e produzir sua contribuição
literária ao mundo. Mais do que uma trilogia, o épico O Senhor dos Anéis
representa a gênese das aventuras de RPG e de praticamente toda a
literatura referente a mundos místicos e a seres mágicos.
Uma das criações de Tolkien, O Senhor dos Anéis (best seller desde sua publicação em 54), foi eleito o livro do século por europeus e norte-americanos. O Senhor dos Anéis é o relato de uma aventura maniqueísta entre o bem e o mal. Conta à história de Frodo Bolseiro, que empreende longa jornada pela Terra Média, para salvar um anel ameaçado pelo avanço das forças malignas, que buscam tomá-lo do seu guardião.
"Cuidado
com dragões, gnomos e magos; eles estão por toda a parte. Essas
criaturas já fazem sucesso há anos, seja no mundo fantástico criado
pelo escritor inglês J. R. R. Tolkien, ou na recente série de livros do
aprendiz de feiticeiro Harry Potter. Mas agora elas prometem conquistar um
reino ainda maior. No Brasil, acaba de ser lançado Harry Potter e o Cálice
de Fogo, o quarto volume de uma série escrita pela escocesa J. K.
Rowling, que já vendeu cerca de 100 milhões de exemplares no mundo todo.
E, no final do ano, deve estrear nos Estados Unidos, além de um filme com
o aprendiz de feiticeiro, a primeira parte da trilogia de O Senhor dos Anéis,
baseada na série de livros que consagraram Tolkien como o maior escritor
de ficção fantástica da atualidade".
www.galileu.globo.com - Revista Galileu número 121.
Gnomos, elfos, dragões, misticismo, seres mágicos? Você deve estar se
perguntando se tudo isto está na narração de Tolkien? Tudo isto e muito
mais. Mas antes de continuarmos com os comprometimentos do Senhor dos Anéis,
vamos ao filme. Somente o site www.lordoftherings.net, endereço oficial
do filme na internet, teve em poucos dias mais de 420 milhões de acessos.
As filmagens abrangem a trilogia completa ao custo de U$ 270 milhões,
sendo que foram vendidos mais de 50 milhões de exemplares da trilogia no
mundo inteiro. O esquema de marketing e publicidade do filme inclui a
exibição de um trailer de vinte e seis minutos em seções especiais
onde são convidados profissionais de imprensa e formadores de opinião,
além de grandes verbas destinadas à divulgação. Especialistas estimam
que o filme vai ter o maior faturamento da história do cinema em todos os
tempos, o único e grande rival é exatamente Harry Potter - o filme, que
deve ser lançado na mesma época.
Afirmam ainda que Titanic não será páreo para O Senhor dos Anéis.
Voltemos aos
comprometimentos. Embora os aficionados de Tolkien, estrebuchem juntamente
com os potterianos há sim comprometimento espiritual nas respectivas
narrativas.
A reportagem da Revista Veja edição 1671 18 de outubro de 2000
http://www2.uol.com.br/veja/181000/p_158.htm, diz o seguinte:
"É aí
que entra o segundo efeito colateral da mania Potter. Uma série de
escritores de literatura infanto-juvenil vem pegando carona na vassoura do
jovem mago, graças à descoberta dessa nova brincadeira - a leitura. À
esperado terceiro volume, que chega em dezembro, as crianças vão às
livrarias em busca de obras com temática semelhante. E acabam encontrando
escritores fundamentais do gênero, que décadas atrás já haviam criado
mundos tão encantados quanto aquele imaginado pela "mãe" de
Potter, a escocesa J.K. Rowling. Mestres no assunto, os autores Roald Dahl,
C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien compõem a linha de frente desse time".
A temática de
Harry Potter é por demais conhecida e dispensa maiores
comentários.
Numa famosa
entrevista que Tolkien concedeu em 1971 para a rádio BBC de Londres
algumas perguntas foram feitas a ele. O entrevistador foi Dennis Gerrolt
para o programa Now Read On da BBC rádio 4. Eis algumas delas:
Gerrolt: Frodo aceita o fardo do Anel e ele encarna como grande caráter
às virtudes de longo sofrimento e perseverança. Pelas ações dele a
pessoa poderia dizer que existe quase um senso budista. Ele se torna quase
um Cristo na realidade figurada de O Senhor dos Anéis. Por que você
escolheu um Hobbit para este papel?
Tolkien: Eu
não escolhi. Eu não fiz muitas escolhas quando escrevi a história...
tudo que eu estava fazendo era tentar escrever uma continuação do ponto
onde terminou O Hobbit. Eu escolhi porque já estavam em minhas mãos, às
vezes acho que foi muito mais uma escolha deles do que minha.
Gerrolt:
Realmente, mas não há nada mais particular sobre a figura de Cristo como
Bilbo?
Tolkien: Não...
Gerrolt:
Mas em face ao perigo mais apavorante ele luta e continua, e vence.
Tolkien:
Mas isso me parece suponho, mais como uma alegoria da raça humana. Eu
sempre fui impressionado pelo fato de nós estarmos aqui sobrevivendo por
causa da coragem indomável de pessoas bastante pequenas contra desertos
impossíveis, selvas, vulcões, bestas selvagens... eles lutam, de certo
modo quase cegamente.
Gerrolt:
Você pretendeu em O Senhor dos Anéis que certas raças deveriam encarnar
certos princípios: a sabedoria de Elfos, a habilidade de Anões, a força
dos Homens, e assim sucessivamente?
Tolkien: Eu
não pretendi isto, mas quando você tem estas pessoas em suas mãos você
tem que os fazer diferentes. Bem claro que como sabemos no final das
contas todos nós conseguimos que a humanidade desse certo, e é só o
barro primordial que nós temos. Nós devemos tudo - ou pelo menos uma
parte grande da raça humana - ao trabalho de diferentes pessoas com
diferentes habilidades. Eu gostaria de ter uma capacidade mental maior
para poder criar arte mais elevada, assim o tempo entre a concepção e a
execução seria encurtado... porém nós deveríamos gostar mais de
tempos mais longos onde poderíamos criar mais. É por isso que, de certo
modo, os Elfos são imortais.
Quando eu usei o conceito de imortalidade, eu não quis dizer que eles
eram eternamente imortais, somente que eles são "provavelmente
imortais" e que sua longevidade tem seu contato direto com a
habitabilidade da terra. O Anões é claro são bastante óbvios - você não
diria que em muitas formas eles o fazem lembrar dos judeus? As palavras
deles são obviamente semíticas, construídas para ser semíticas.
Hobbits são pessoas inglesas rústicas feitas pequenas em tamanho porque
reflete (em geral) o alcance pequeno da sua imaginação - não o alcance
pequeno da coragem ou poder oculto.
Gerrolt: Há
uma qualidade outonal ao longo de todo O Senhor dos Anéis em um momento
um personagem diz que a história continua, mas eu pareço ter perdido o
rumo dos pensamentos neste ponto... porém entendo que tudo esta
enfraquecendo e ficando velho, pelo menos para o fim da Terceira Era tudo
gira em torno de transformações. Agora isto parece ser um pouco como
Tennyson "a velha ordem dá lugar a uma nova, e a vontade de Deus se
cumpre em muitas formas". Onde está Deus em o Senhor dos Anéis?
Tolkien:
Ele é mencionado algumas vezes.
Gerrolt:
Ele é o Um? (aqui Gerrolt está fazendo referência a Eru Ilúvatar,também
conheçido como "O Um", e não ao Um Anel. Ilúvatar aparece
apenas em "O Silmarillion").
Tolkien: O
Um... sim.
Gerrolt:
Você e um ateísta?
Tolkien:
Oh, eu sou um católico romano. Católico romano devoto.
A
íntegra da entrevista pode ser lida clicando aqui.Vejam as questões: substituição de Jesus Cristo, terceira era, velha ordem, nova ordem, onde está Deus no Senhor dos Anéis? Eru Ilúvatar... respostas muito rápidas, sem convicção, pouco inteligentes para um homem com a capacidade mental e intelectual de Tolkien.
Sei não....
E depois vem dizer que não há a pretensão de se substituir Deus e seu Filho Jesus Cristo....
Continuemos com Tolkien e o seu O Senhor dos Anéis. No enredo da trilogia há gnomos e elfos. Vamos ver juntos o que são os gnomos e os elfos:
Gnomos
"Símbolos
de forcas ocultas, da habilidade artística e do conhecimento de tesouros
secretos. Na crença popular sempre desempenharam um papel ambivalente; de
fato, são seres que pertencem a uma ordem cósmica mais antiga, e, como
os gigantes, personificações de um mundo pré-humano. Eles evitam o
mundo dos homens escondendo seus tesouros em cavernas, para protegê-los,
famosos heróis, como Teodorico de Verona ou Dietrich de Berna, teriam-nos
muitas vezes por inimigos. Embora de baixa estatura, dispõem de bastante
força. Conta-se que os anões Corrigans das antigas sagas bretãs teriam
sido os autores das grandes construções megalíticas da Bretanha. Na
mitologia nórdico-germanica, os gnomos e os anões desempenham o papel de
seres dotados de um talento artístico bastante especial, embora
caracterizem como hostis aos deuses e aos homens. Dispõem também de forças
mágicas, e só podem ser vencidos através da astúcia, envolvendo-os,
por exemplo, em advinhas que os impeçam de desaparecer antes que os raios
de Sol os atinjam e os transformem em pedra. Porque vivem no centro da
terra, possuem ligações com o mundo dos mortos e freqüentemente são
vistos como o "pequeno povo" do
além. As sagas populares consideram-nos seres impenetráveis, obstinados
e desconfiados, imaginados na maioria das vezes como velhinhos
(ocasionalmente com os pés de pássaros), que algumas vezes podem ser
também agradecidos e generosos. Neste sentido e interpretado o "anão
de jardim", símbolo da bondade natural e das forças secretas que
levam as plantas às bênçãos da terra. Esta concepção remonta a idéia
pré-cristã de que existiriam protetores secretos da terra, teoria
formulada por Paracelso no início da Era Moderna - gnomos = protetores do
elemento terra. Nas sagas dos mineiros, os gnomos aparecem por vezes como
protetores dos veios auríferos, capazes de castigar os mineiros ávidos e
que possuem um comportamento rude e vulgar, mas que correm em socorro dos
bons mineiros soterrados em galerias desmoronadas. Na simbologia, a essência
do gnomo e bastante provocativa e
maligna, e totalmente incontrolável".
Dicionário ilustrado de Símbolos - Hans Biedermann páginas 176 e 177
Elfos
"Divindades
aéreas de origem nórdica, amantes de danças noturnas nos prados, e que
parecem convidar os humanos para unirem-se a elas, mas que na realidade
trazem-lhe a morte. São os espíritos do ar, porém saídos da terra e
das águas, deslumbrantes, caprichosos, pequeninos, flutuantes, vaporosos,
temíveis. Simbolizam as forcas etonianas e noturnas, que provocam pavores
mortais sobretudo nos adolescentes. Pois ao contrário dos adultos, menos
perspicazes menos sensíveis ao imaginário, ao imperceptível e que por
isso nada percebem, os adolescentes conseguem discernir o elfos na bruma.
Estes entes são como as emanações confusas das paixões nascentes e dos
primeiros sonhos de amor. Fascinam e enfeitiçam os jovens corações e as
imaginações ingênuas. 'de noite que os elfos saem com suas vestes úmidas
na fimbria e sobre os nenúfares arrastam seus pares mortos de fadiga'. A
dama branca é a rainha dos elfos. Certos intérpretes consideram as
rondas dos elfos como condensados energéticos, que imergem do universo:
dai seu poder de fascínio e seu poder de fazer atravessar as portas que
separam os três níveis do universo principalmente o mundo dos vivos do
mundo dos mortos. Eles agem sobre a imaginação exaltando-a através dos
sonhos e aparições, e arrasta em sua dança o ser seduzido por sua
beleza. Simbolizam as forças inconscientes do desejo, e metamorfoseada em
cativantes imagens, cuja poderosa atração tende inibir o autocontrole e
a capacidade de discernimento".
Dicionário de símbolos - Jean Chevalier e Alain Gheerbrant - página 363
Somente estes dois tópicos serviriam para desqualificar espiritualmente a
obra de Tolkien - o "católico romano convicto".
Embora se diga que O Senhor dos Anéis seja uma obra que estimula a fantasia.
Perigosa fantasia, povoada de seres do inferno.
Tolkien
criou uma linguagem peculiar e extremamente minuciosa ao narrar cada passo
da sua saga. Os detalhes são ricamente explicitados e não é por acaso
que seus livros são um sucesso literário mundial. Mas apesar deste
sucesso todo, há terríveis comprometimentos espirituais. Substituir
Jesus Cristo, querer deixar de lado as verdades divinas é imperdoável.
Tolkien diz no prefácio de Sociedade do Anel o seguinte: "Quanto a
qualquer significado oculto ou "mensagem", na intenção do
autor não existem. O livro não é nem alegórico e nem se refere a fatos
contemporâneos". Mas basta ler com atenção o livro ou os livros
para se deparar com "mensagens" e intenções ocultas. A própria
entrevista de 1971, transcrita parcialmente acima dá a pista. Só não vê
quem não quer.
Quando escrevi o artigo Harry
Potter - O oleiro maldito, citei ali a reportagem da revista Veja, que
traz referências aos nomes de Tolkien e C. S. Lewis. Foi o suficiente
para que recebesse irados e-mails de adeptos tanto de um como de outro. E
para meu pasmo e espanto, de crentes. Teve um que me afirmou que Tolkien
era um prestimoso adepto do cristianismo. Creio que a última parte da
entrevista nos diz de qual cristianismo Tolkien era adepto. Tolkien, assim
como Lewis são elevados a categoria de divindades por muitos cristãos
nominais. São idolatrados e adorados como os donos absolutos da verdade.
Quanto a Lewis, dizem que os seus livros foram lidos pelos últimos seis
presidentes norte-americanos. O que absolutamente não e referencial para
nada. Eles leram também Brian Weiss, Deprak Shopra e Paulo Coelho, entre
outras tantas porcarias.
Lewis escreveu por exemplo, entre tantos outros livros "Crônicas de Narnia", considerado por muitos como um autentico conto-de-fada cristão. Faça-me o favor dizer que um conto-de-fada pode ser cristão? É um verdadeiro conto-do-vigário! Isto sim....
Mas existe gosto para tudo.
Nise da
Silveira em seu livro Jung Vida e Obra escreveu o seguinte: "Jung diz
que os contos-de-fada tem as suas origens nas camadas mais profundas do
subconsciente, comuns à psique de todos os seres humanos. Os homens
sempre gostaram de histórias maravilhosas. Assim como as crianças.
Afirma ainda que é salutar para os homens ouvirem a narração dos
contos-de-fada, e a narração de velhos mitos. Jung prossegue dizendo que
tanto os mitos quantos os contos-de-fada são a mais perfeita expressão
dos processos subconscientes. O homem pressentira obscuramente que ali se
espelham acontecimentos em desdobramento no seu próprio e mais profundo
íntimo. Afirma que não se trata de acreditar nos feitos heróicos e nos
encantamentos que as histórias descrevem, e que as verdades não são tão
objetivas e sim subjetivas, que são
narradas na linguagem dos símbolos. Jung, porém tem consciência e
admite que tanto as histórias quanto os mitos não passarão pelo crivo
das exigências racionais". (sic)
O professor
e escritor Bruno Bettlheim define assim os contos-de-fada: "Os
contos-de-fada, considerados por pais e educadores até pouco tempo como
irreais, falsos e cheios de crueldade, são para as crianças, o que há
de mais real, algo que lhes fala, em linguagem acessível, do que é real
dentro delas. Os pais temem que os contos-de-fada afastem as crianças da
realidade, através de mágicas e fantasias. Porém, o real, a quem os
adultos comumente se referem, é o externo, é o mundo circundante,
enquanto que o conto-de-fada fala de um mundo mais real para as crianças.
A psicanálise provou que os pais temem que seus filhos os identifiquem
com bruxas e monstros, ogres e madrastas e como conseqüência os deixem
de amar. Desenvolvem a capacidade de fantasia infantil: fornecem escapes
necessários falando aos medos internos da criança, as suas ansiedades e
ódios, seja como vencer a rejeição - como em Branca de Neve, ou a
rivalidade com os irmãos - como em Cinderela, ou sentimento de
inferioridade - como em as Três plumas. Os contos-de-fada aliviam as
pressões exercidas por esses problemas; favorecem a recuperação,
incutindo coragem na criança, mostrando-lhe que sempre é possível
encontrar saída. Finalmente os contos-de-fada consolam e muito: o final
feliz, que tantos adultos consideram irreal e falso é a grande contribuição
que os contos-de-fada favorecem as crianças, encorajando-as a luta por
valores amadurecidos e uma crença positiva da vida". (sic)
Fada
Mestra da
magia, a fada, simboliza os poderes paranormais do espírito ou as
capacidades mágicas da imaginação. A fada, personagem que se confunde
com a mulher, é uma das mensageiras do outro mundo. Elas foram pouco a
pouco subindo do fundo da terra, até chegarem a superfície, onde se
tornaram, na luminosidade do luar, espíritos das águas e da vegetação.
A fada jamais deixa de existir, embora sob outra forma, que está ligada,
em sua essência, e tal como ela própria à vida continua, a vida eterna.
Numa das suas fases a fada precisa se despojar da sua aparência humana,
para adotar a de uma serpente - epifania animal - a vida eterna.
Dicionário de símbolos - Jean Chevalier e Alain Gheerbrant - páginas
415 e 416
Pobres crianças, que são criadas sobre os preceitos dos malditos
contos-de-fada.... Não há como se concordar com tais preceitos. Além do
que nos tais contos, não existe o núcleo familiar. Quem manda, orienta,
comanda invariavelmente é sempre um tio, um tutor, etc. Ou em O Senhor
dos Anéis, Frodo não é sobrinho de Bilbo? Ou na saga do oleiro maldito,
quem manda não é o tio Walter? Já repararam que nunca pai e mãe
comandam nada nos contos-de-fada? Porque será? Qual é o maior desejo do
príncipe deste mundo? Destruir a família. Ou não é?
Outra coisa, é comparar os escritos de Tolkien com os escritos de J. K. Rowling, a nefasta criadora de Harry Potter, dizendo que eles têm, a mesma temática, e depois dizer que o primeiro é um escritor "cristão", é muito complicado. Já pensaram irmãos se alguém vem nos dizer que os escritos inspirados de Paulo, corroboram o espiritismo, porque eles nos dão uma visão ampla de uma vida futura? Seria o fim da picada, não?
Que o filme
O Senhor dos Anéis será sucesso, isto é inquestionável, e pretendo assisti-lo, assim como o do oleiro maldito. Assim como tenho lido toda a
obra de Tolkien, Lewis, e Rowling, e lido o suficientemente para
descobrir o quanto somos enganados por uma literatura que pretensamente é
dedicada a jovens e crianças, e que os contamina espiritualmente.
Nós crentes em Cristo temos o dever de nos insurgir contra as obras malignas das trevas mimetizada em obras pueris, é mais uma das (muitas) artimanhas do verdadeiro senhor das trevas.
Os devotos de Tolkien certamente reagirão com fúria desmedida contra este arrazoado, que visa esclarecer e orientar os crentes em Cristo do verdadeiro sentido dos escritos, mas não me importo com isto, pois o meu reconhecimento e objetivo é outro, é uma Esperança, que não encontro em livro algum de Tolkien, Lewis, Rowling, é Jesus Cristo - o autor e consumador da nossa fé. Nada há contra quem gosta de Tolkien e congêneres. Deus os ama da mesma forma, e quer que todos eles alcancem o perfeito entendimento através de Jesus Cristo.
Basta que
eles O queiram.
Quem quiser
que fique com gnomos, elfos, anão, duendes, as fadas, os monstruosos orcs;
enganados e iludidos.
Eu vou com
Jesus, e tenho a esperança de uma vida venturosa no porvir. E você?
Jehozadak
A. Pereira
jehozadakpereira@hotmail.com
É jornalista e escritor
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